Psicordélico retoma “parceria” entre Kitute Coelho e Castro Alves

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Kitute Coelho (esq) e Irênio Neto, lideres do Psicordélico | Foto: Jonas Pinheiro 

Em novembro recém passado, em comemoração ao Dia da Consciência Negra, o bando Psicordélico apresentou uma grata surpresa para o público.

O grupo lançou, no dia 20 de novembro, o single “Canção do Africano” (ouça no fim do texto). Trata-se de uma musicalização de poema homônimo escrito por Castro Alves, o poeta da abolição.

“É uma parceria minha com Castro Alves, quando ele escreveu essa poesia esperava que alguém musicasse, por isso chamou de canção”, brincou o vocalista Kitute Coelho.

Retomada

Kitute já tinha utilizado dessa “parceria” com o grande poeta, quando era vocalista da banda Nação Karirí. Na época, meados da primeira década dos anos 2000, a canção foi musicada em forma de reggae (ouça aqui!).

Agora, o poema ganhou arranjos musicais de Irênio Neto. O arranjador, produtor musical e guitarrista do Psicordélico, colocou na música as potentes e ancestrais batidas do samba reggae, além de buscar inspirações em outros gêneros.

“Minha intenção no arranjo era traçar um diálogo entre o ancestral e o atual com bastante peso e swing, então usei elementos do samba reggae, rock, aguerê e ijexá”, comentou Neto.

“Canção do Africano” foi escrito em 1863 por Castro Alves. O poema versa sobre o sofrimento dos povos negros em diáspora, sequestrados da “terra de onde o sol vem” para exploração forçada de sua mão de obra no Brasil e em outras colônias europeias.

Gravação

Além de Kitute (voz) e Neto (guitarra), Rodrigo Dantas (baixo) e Nielton Marinho (bateria e percussão) também integram o Psicordélico.

A gravação de “Canção do Africano” contou com as participações especiais do percussionista iraraense Rodrigo Lima e das cantoras soteropolitanas Raquel Monteiro e Tâmara Pessôa.

A produção, captação, mixagem e masterização ficou por conta de Irmão Carlos, utilizando do aparato técnico do seu estúdio, o Caverna do Som.

Ouça, Canção do Africano, no vídeo abaixo:

 

Com informações e imagem de Jonas Pinheiro/Divulgação – Psicordélico 

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